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terça-feira, 29 de março de 2011

Agradecimento

Caros seguidores:

 Agradeço aos que  acompanharam alguns postagens minhas neste blog. Agradeço a Sandra Nunes Loiola (Presidente do Puty.Teatro Labore) pelo convite. Todavia, a hora é de despedida, saio feliz do Puty.Teatro Labore juntamente com os atores Carlos Aguiar e David Santos na certeza de que o laboratório ficará em excelentes mãos. Continuarei a postar outras reflexões sobre arte no blog:  http://piauiestudio.blogspot.com onde todos os artigos relevantes que coloquei aqui podem ser encontrados.
                                                                                                          Abraços: Adriano Abreu.

sábado, 19 de março de 2011

Recebi uma visita nos bastidores do espetaculo!

Visita

Antes de entrar em cena, ainda nos bastidores fazendo minhas instalações, recebi uma criança que começou a conversar, ela não parava de falar, fazia perguntas e falava com muita fluência, fazia obsevaçoes sobre aquele momento, elogiava, questionava. Embora eu andasse de um lado para o outro, ela acompanhava meus passos, mesmo muito atenciosa, ela não largava meu pé, eu pedia que ela fosse falar com os outros atores, mais ela estava ali perto de mim, até que resolve por uns instantes dar-lhe maior atenção! Essa presença me deixou algumas lições, ela não veio á toa!
E mesmo se afastando durante algum tempo, na hora que eu ia entrar em cena, ela passou por mim e disse sorrindo sem para: Boa sorte,faça um bom trabalho!
Ainda estou tentando entender quem era aquela criança?
Sandra Loiola

Meu coração chora! Triste Noticia!


Ludmila Albuquerque,
Uma atriz...
Atuar com o brilho maior que há,
Sorri o sorriso mais largo e incandescênte desta face
Levando em seus lenços doces, uma canção que de mansinho toca um coração
Outro coração e mais, e mais corações.
Tocar o seu instrumento da forma mais delicada e alegre!
Que Deus te guarde com muita paz,paz,paz ...
Sandra Loiola

Reflexões sobre a vida!




Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina

Reflexão do Ator Nelson Xavier na Bravo deste mês

A doença me trouxe a noção de finitude, e a arte, a da transcedência!


Nelson Xavier-ator

terça-feira, 15 de março de 2011

UMA REFLEXÃO IMPORTANTE- O SILÊNCIO AINDA É A MELHOR COISA! E ORAR MUITO! Lembre-me de Padre Sandro Spineli-Sabias palavras!!!

Males da língua :
Apesar de pequena, a língua é potencialmente traiçoeira e difícil de ser controlada. Um homem pode ter pleno controle sobre todos os demais aspectos de sua vida e, no entanto, ser apanhado em pecados da língua pelo menos em certas ocasiões. O homem que controla bem a língua logo saberá controlar toda a vida moral, ainda que, ocasionalmente, caia em alguma falha. Afinal, o controle da língua evidencia o controle de todo o corpo.

Em Tiago 3, o autor ilustra o sistema de freio utilizado no cavalo para explicar esse fato. As rédeas são geralmente presas ao animal para fazê-Io parar. Além disso, possibilitam virar a cabeça do cavalo para a direção desejada. Assim também é o homem que consegue dominar sua personalidade – se pode controlar a boca, certamente saberá controlar o restante do corpo. Caso contrário, conduzirá mal as outras áreas de sua personalidade.
O navio :
Imaginemos um navio empurrado pelo vento forte e ameaçador, cujo pequeno leme, a despeito da situação que de outro modo seria desesperadora, pode mantê-Io em seu devido curso. Assim sendo, a língua, apesar de pequena, realiza grande função ou efetua grande mal. O homem sem a ajuda de Deus é como um cavalo fogoso; como um navio açoitado pelas ondas e pelo vento. Os ventos rijos simbolizam as tentações e impulsos a que uma pessoa está sujeita. Estes sentimentos exercem influência no falar, provocando alterações no comportamento humano.
O piloto de um navio movimenta o leme para onde desejar, de acordo com as exigências da viagem. Igualmente, a língua é controlada pelo desejo mais profundo da pessoa. O controle da língua depende do desenvolvimento espiritual em Cristo e o impulso se baseia no grau de espiritualidade da pessoa. Após aceitar o Evangelho, o novo crente segue naturalmente um estágio de aperfeiçoamento até alcançar a estatura de varão perfeito (Efésios 4.13).
Timoneiro:
Cada ser humano é um timoneiro. Pode utilizar os seus recursos intelectuais para fazer o bem ou o mal. Tal como o freio na boca de um cavalo ou como o leme de um navio, a língua, apesar de ser um pequeno membro, igualmente exerce capital importância no controle da personalidade, podendo gerar grande e destrutiva malignidade como uma fagulha que começa minúscula, mas não demora a engolfar uma grande floresta.
O escritor sagrado, em Tiago 3.5, falando sobre o perigo da língua, acrescenta: "Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia". Uma pequena fagulha pode inflamar o curso da natureza e se transformar numa das forças mais destruidoras do universo. A língua é também comparada às chamas do inferno. Quando controlada pelo mal, leva o homem a transgredir com o seu próximo. Incontestavelmente, fogo significa destruição incontrolável.
Um cavalo indomável, sem seu freio; um navio sem direção, em alto-mar; o incêndio aterrorizante e incontrolável de uma floresta, tudo ilustra o emprego da língua que não tem o devido controle do Espírito Santo. Todavia, Provérbios 15.23, declara o seguinte: "Somente Deus dará forças para dominar a língua. O homem se alegra na resposta da sua boca, e a palavra, a seu tempo, quão boa é!".
Males da língua:
Constantemente, a língua descontrolada profana, amaldiçoa, jacta-se, profere juramentos falsos, mente, engana e conduz à idolatria, ao adultério, ao homicídio. Traz a discórdia a uma família, a contenda a uma comunidade inteira ou o cisma em uma igreja local. Primeiramente, ela contamina o homem e então, por intermédio dele, todo um grupo de pessoas que o cerca. E dos males, o pior: quando deveria pronunciar-se pelo bem, mantém-se calada. A língua, às vezes, incendeia o curso da natureza mediante a ação de palavras malignas e destruidoras. Tal como uma roda gira sobre seu próprio eixo, sem ir a lugar nenhum, assim também é a repetição do mal que nunca cessa, e que se mostra insensato e inútil, com relação aos bons propósitos.

Impressionante como o homem consegue domar todos os tipos de animais irracionais, grandes e pequenos, mas não tem capacidade de domar a sua língua bestial. Os animais, as aves e os répteis se sujeitam ao homem, mas sua língua, dentro de seu próprio corpo, recusa-se. Está fora do controle humano. A menos que recebamos o auxílio divino, através da influência do Santo Espírito de Deus, jamais poderemos mudar nossos hábitos como sinceros cristãos. "Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes", I Coríntios 15.33.
Bênção e maldição:

O homem pode utilizar a língua para abençoar e amaldiçoar, muito embora isso não seja natural – uma fonte deve produzir água boa ou má e uma árvore frutífera um tipo ou outro de fruto. Logo, é contra a natureza um homem jorrar de si mesmo maldição e bênção. O mal uso da língua mostra a depravação íntima. A língua é um pequeno membro, mas pode inspirar uma nação a uma ação heróica. E também uma chama que pode inflamar uma multidão, levando-a a praticar um linchamento.
Alguém disse: Uma palavra proferida em um momento solene pode ser uma palavra mais poderosa para o bem ou para o mal do que qualquer ato físico". Pois o efeito que o Senhor Jesus tem tido na História se deve às suas palavras. Igualmente, Hitler, o ditador político alemão, inflamava as massas com sua oratória. Hoje, grandes líderes políticos e figuras religiosas, cuja oratória é poderosa, exercem influência sobre vasto número de pessoas tanto para o bem quanto para o mal.
REFLEXÃO:
Jesus disse em Mateus 12.36-37: "Eu afirmo que no dia do juízo cada um vai prestar contas de toda palavra inútil que falou. Porque as suas palavras vão servir para julgar se você é inocente ou culpado". Devemos admitir que o Senhor Jesus nunca usou de palavras superficiais, nunca brincou com as palavras, nunca falou por mera diversão, nunca disse alguma palavra sem propósito ou utilidade. Ele não tinha um espírito inclinado à tolices; era manso, misericordioso, inclinado à simpatia; mas jamais mostrou-se superficial. Nunca teve conversas banais. Esse ditado mostra que nosso padrão é muito elevado, e que temos muito o que fazer para alcançar o alvo que se apresenta na pessoa de Jesus.
Concluímos que, tanto a glória como a desgraça vem do falar - "O homem bom, do bom tesouro do coração tira o bem. O homem mau, do mau tesouro do coração tira o mal. Porque a boca fala do que está cheio o coração," Lucas 6.45. No entanto, o indivíduo que tem a sua língua sob controle em todos os sentidos é um homem autocontrolado.

TEXTO: Ademilson Braga

Continuação Estudos:Espaço para reflexão sobre teatro de grupo por Kusnet.


“Entre todas as artes, a arte dramática talvez seja a única que só em casos de absoluta exceção poderia ser exercida por apenas uma pessoa. Ela é essencialmente sujeita ao  resultado do trabalho de conjunto, de equipe.
Quanto maior for a harmonia existente entre os elementos da equipe, seja em teatro, em cinema ou em televisão, quanto maior for o ESPÍRITO DE COLETIVIDADE no trabalho, tanto melhor será o resultado. Entre parênteses: a palavra “elenco” na União Soviética é traduzida por “coletivo”.

Por isso as palavras do  escritor Anton Tchecov sobre coletividade em geral, podem ser perfeitamente aplicadas ao trabalho de equipe teatral: “Se cada um de nós aplicasse o máximo  de sua capacidade no cultivo de seu terreno, em que belo jardim se transformaria a nossa terra!”

E isso só é possível quando se trabalha com muito amor. Esse amor pelo trabalho coletivo em teatro nunca deve ser superado pelos anseios e vaidades pessoais. Nós, gente de teatro, somos vaidosos por excelência, pela própria natureza de nossa arte que é exibicionista, mas o essencial é que a nossa vaidade seja construtiva e não prejudicial ao trabalho coletivo. “Ame a arte em você, mas não a você a arte”. Essa frase de Stanislavski também nunca deve ser esquecida pela gente de teatro.”


Abri um pequeno espaço na série Estudos para essa observação pertinente de Eugenio Kusnet.

Adriano  Abreu

segunda-feira, 14 de março de 2011

A última coisa que gostaria de dar pra quem vai embora...



Se

Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…
Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…
Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…
Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento,
Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,
E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…
Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…
Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…
Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…
Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…
Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…
Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito…
Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…
Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…
Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos,
Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

Hermógenes

THE 09 de Fevereiro do Ano 2011


sexta-feira, 11 de março de 2011

Gostaria de ter escrito este texto.

Não sou um Vermelho, nem um Branco, nem um Negro, nem um Amarelo.
Não sou nem cristão, nem judeu, nem maometano, mórmon, homossexual, polígamo, anarquista ou membro de seita secreta.
Faço amor com a minha mulher porque a amo e a desejo e não porque tenha um certificado de casamento ou para satisfazer as minhas necessidades sexuais.
Não bato nas crianças, não vou à pesca e não mato veados nem coelhos. Mas não atiro mal e gosto de acertar no alvo.
Não jogo brídge, não dou festas com o fito de divulgar as minhas teorias. Se o que penso é correto divulgar-se-á por si próprio.
Não submeto o meu trabalho às autoridades oficiais de saúde, a não ser que elas possam entendê-lo melhor do que eu. E sou em quem decide quem pode manejar o conhecimento e as particularidades da minha descoberta.
Observo estritamente o cumprimento das leis quando fazem sentido, e luto contra elas quando obsoletas ou absurdas. (Não corras já para o presidente da Câmara, Zé Ninguém, porque se ele for um homem decente faz o mesmo.).
Desejo que as crianças e os adolescentes experimentem com o corpo a sua alegria no prazer tranqüilamente.
Não creio que para ser religioso no sentido genuíno da palavra seja necessário destruir a vida afetiva e tornar-se crispado e encolhido de corpo e de espírito.
Sei que aquilo a que chamas “Deus” existe, mas de forma diferente da que pensas: é a energia cósmica primordial do Universo, tal como o amor que anima o teu corpo, a tua honestidade e o teu sentimento da natureza em ti ou à tua volta.
Ponho na rua quem quer que seja que, sob qualquer pretexto insignificante, tente interfer no meu trabalho clínico e pedagógico com doentes ou crianças. Confrontá-lo-ia em tribunal com algumas perguntas simples e claras a que não lhe seria possível responder sem cobrir a cara de vergonha para o resto da vida. Porque eu sou um homem de trabalho que sabe o que um homem é por dentro, que sabe o que o outro vale e que deseja que seja o trabalho a governar o mundo, e não as opiniões sobre o trabalho. Tenho a minha opinião e sei distinguir uma mentira da verdade que quotidianamente emprego como instrumento e que sei manter limpo após uso.



Wilhelm Reich nasceu a 24 de Março de 1897 nos confins orientais da Galícia, então na posse do Império Austro-Húngaro. Acusado de charlatanismo, perseguido pelos nazistas e pelos “democratas” norte-americanos, expulso do círculo de psicanalistas e do Partido Comunista. Foram inúmeros os problemas que teve com todos os tipos de poderes instituídos. 

quinta-feira, 10 de março de 2011

Na undécima hora.




A PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA
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Escrito por (Mateus, capítulo 20º, versículos 1 a 16)   



       Um homem possuia uma grande vinha, onde colhia bastante uvas.
       Um dia, saiu de casa bem cedo para procurar novos trabalhadores para seu vinhedo.
       Chegando à praça da cidade, perto de sua casa, encontrou alguns homens sem emprego. Combinou com eles o salário daquele tempo, que era um dená­rio por dia. Os operários, satisfeitos, aceitaram imediatamente o convite e, por ordem do proprietário, seguiram para o trabalho da vinha.
       As nove horas da manhã, o vinhateiro voltou àpraça, onde havia sempre, como era costume naque­la época, pessoas que procuravam serviço. Encon­trou mais alguns homens desempregados e disse-lhes:
       — Ide também trabalhar na minha vinha. Eu vos pagarei o que for justo.
       E os trabalhadores seguiram para o campo e começaram sua tarefa.
       Ao meio-dia, e depois às três da tarde, o vinha­teiro voltou à mesma praça e fez o mesmo, contra­tando novos trabalhadores.
       As cinco horas da tarde, pela última vez nesse dia, esteve no mesmo local, onde encontrou igual­mente alguns homens sem serviço. Perguntou-lhes, então:
       — Por que estais aqui, o dia inteiro, desocupa­dos?
       E os homens responderam:
       — Senhor, aqui estamos porque ninguém con­tratou nossos serviços até agora.
       Respondeu o vinhateiro:
       - Ide também vós trabalhar na minha vinha.
       Ao anoitecer, o senhor da vinha chamou o admi­nistrador e disse-lhe que fizesse o pagamento dos salários aos trabalhadores.
— Chama os trabalhadores e paga-lhes o salá­rio, começando pelos últimos e acabando pelos pri­meiros — ordenou o vinhateiro.
Foram chamados os que chegaram às cinco ho­ras da tarde e só trabalharam uma hora. E cada um deles recebeu um denário.
E assim, os outros que começaram a tarefa às três horas da tarde e ao meio-dia. Por fim, chegaram os que começaram o serviço pela manhã bem cedo. Pensavam que iriam receber mais (pois viram os trabalhadores da última hora receberem um dená­rio). O administrador, porém, pagou igualmente aos primeirosum denário.
Então, estes começaram a resmungar contra o senhor da vinha, alegando:
— Estes últimos trabalharam somente uma hora e tu os igualaste a nós, que agüentamos o peso do dia e o calor sufocante.
O proprietário, entretanto, disse a um deles que mais murmurava:
— Meu amigo, eu não te faço injustiça; não com­binaste comigo a diária de um denário? Recebe, pois, o que te pertence, sem reclamação. Eu quero dar aos últimos tanto quanto dei a ti. Não achas que tenho direito de fazer o que me agrada daquilo que me pertence? Por que sentes ciúme e inveja? Não tenho, por acaso, o direito de ser bondoso?

*

Termina Jesus a Parábola dizendo: “Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão últi­mos”.
Esta bela história, filhinho, mostra como Deus executa Sua Perfeita Justiça.
À primeira vista, parece que os operários quei­xosos tinham razão de reclamar contra o vinhateiro, pois eles trabalharam mais tempo que os últimos, que só tiveram uma hora de serviço. Esse, filhinho, é o raciocínio humano, é idéia da justiça humana, que só considera o lado exterior das coisas. No caso da parábola, os operários não tinham direito de recla­mação, porque estavam recebendo o salário combi­nado na praça com seu patrão. Era o salário comum naquele tempo, para o trabalho de um dia. O senhor da vinha havia prometido pagar um denário e cum­priu sua palavra.
Não houve nenhuma injustiça da parte do pro­prietário da vinha. Ele quis pagar támbém um dená­rio, isto é, o salário justo, aos trabalhadores de últi­ma hora, certamente porque viu que o serviço feito por estes, nessa única hora, foi feito com boa von­tade, amor e cuidado. Ele considerou, não o tempo, mas, a qualidade do serviço feito.
Assim é a Justiça Divina, filhinho. Ela nos re­compensará, um dia, na Eternidade, pelo trabalho que fizermos em favor do Reino de Jesus na Terra. A recompensa, porém, será dada, não em consideração aonúmero de horas de nosso serviço, nem à quan­tidade do mesmo. Não, meu filho, Deus não olhará o lado exterior, visível, nem o volume de nossas obras. Deus nos julgará pela qualidade de nosso trabalho, pela sinceridade de nossos atos, pela nossa boa von­tade no auxílio aos outros, pelo amor, cuidado e dedi­cação com que cumprirmos nossas tarefas. Deus olha a qualidade de nosso trabalho e não as horas de nosso serviço. A Justiça Divina considera nosso co­ração e nosso caráter, e não nosso relógio e nossa balança.
       Que seu serviço, filhinho, na Vinha do Evange­lho, agora ou mais tarde, quando você crescer, seja sempre feito com boa vontade, com sinceridade, com amor. Que você não se habitue a reclamações. Que você nunca inveje o que seja dado aos outros, como fizeram os trabalhadores das primeiras horas. Res­peite o trabalho e o entusiasmo dos companheiri­nhos novos, que vão chegando. Não sinta ciúme, se eles receberem qualquer atenção, ou provas de bondade. A Parábola é uma grande lição contra o Espírito de reclamação, contra a mania das queixas, contra o veneno da inveja.
       Que você, filhinho, procure fazer sempre, com boa vontade e humildade, qualquer serviço, pequenino ou maior, que Jesus confia ao seu coração.